Que quantidade de peixe podemos pescar?
Para garantir a preservação dos nossos recursos no futuro, a UE decide anualmente a quantidade de peixe que pode ser pescada, com a ajuda de cientistas.
Quanto mais peixe houver no mar, mais os nossos pescadores podem pescar. Mas quando as unidades populacionais de peixes diminuem, temos de reduzir a pressão exercida pela pesca, para que as unidades populacionais de peixes possam recuperar.
A boa notícia é que esta abordagem funciona!
No entanto, as mesmas espécies de peixes podem prosperar numa bacia marítima e estar sob pressão noutra. Por isso, temos de adaptar as nossas atividades de pesca todos os anos.
O potencial da aquicultura europeia
A UE tem uma população de 447 milhões de habitantes. Não podemos depender apenas das capturas em meio natural para o nosso abastecimento de peixe e produtos do mar. Não há peixe suficiente no mar para tal! É por isso que também precisamos da aquicultura, ou seja, da criação de peixes, mariscos e algas.
A UE apoia práticas de aquicultura sustentáveis.
Os principais produtos de aquicultura da UE são os mexilhões, o salmão, a dourada, a truta‑arco-íris, o robalo, as ostras e a carpa.
A aquicultura tem outras vantagens. Pode ser praticada perto da costa, ou mesmo no interior, o que permite ter sempre uma fonte local e fresca de peixe e produtos do mar saudáveis. Além disso, pode criar postos de trabalho.
Bom para a nossa saúde, bom para o ambiente
O peixe, o marisco e as algas são boas fontes de proteínas. Também são bons para o ambiente.
Quando praticados de forma sustentável, certos tipos de aquicultura contribuem para a preservação dos ecossistemas e da biodiversidade.
Os mariscos são verdadeiros heróis ambientais: limpam a água, podem contribuir para atenuar a erosão costeira e podem mesmo ajudar na nossa luta contra as alterações climáticas. A produção de 1 kg de mexilhões emite apenas 200 g de CO2, em comparação com os 34 kg de CO2 que são emitidos para a produção de 1 kg de carne de vaca!
Colhidas na natureza ou cultivadas nos nossos mares, as algas estão entre os produtos alimentares mais saudáveis que pode encontrar!
Com baixo teor de gordura e ricas em fibras alimentares, micronutrientes e compostos bioativos, têm também uma classificação ambiental de cinco estrelas!
As algas marinhas não necessitam de terra, fertilizantes ou água doce. Ajudam a regenerar o ambiente marinho, eliminando os nutrientes responsáveis pela eutrofização. Além disso, em vez de emitirem CO2, as algas marinhas removem o carbono (que provoca a acidificação) e produzem oxigénio.
É por esta razão que a UE incentiva o cultivo e a colheita de algas marinhas.
Uma sugestão culinária: as algas podem ser utilizadas como ingrediente principal, como acompanhamento ou simplesmente misturadas numa salada. Pode até adicionar algas às suas sopas como tempero.
Mais informações
Política comum das pescas — um conjunto de regras para gerir de forma sustentável as frotas de pesca europeias e conservar as unidades populacionais de peixes
Brochura sobre a aquicultura da UE — orientações para a sustentabilidade (EN)
Iniciativa da UE para explorar plenamente o potencial das algas